Bem-vindos ao mundo V.U.C.A.
Não é segredo que vivemos em um mundo globalizado, entretanto, o que nos espanta é o nível de conectividade entre nações, pessoas, grupos econômicos, empresas, grupos de interesse etc. que experimenta um crescimento exponencial, trazendo maior velocidade às mudanças. Na esteira destes acontecimentos, diariamente, observamos ameaças e oportunidades surgindo aos milhares para as empresas e, neste contexto, especialmente no que tange seus executivos, é crítico o processo de identificação e análise de cenários, como também se torna crucial a velocidade na tomada de decisão e implementação de ações para ajustes dos rumos das organizações.
O que verificamos, na realidade, é que os gestores estão cada vez mais mergulhados em suas rotinas diárias e sem tempo para olhar além do horizonte. Uma visão míope dos acontecimentos, a necessidade de responder às demandas burocráticas – e de baixo valor agregado – do negócio, os compromissos familiares e de desenvolvimento pessoal colocam estes profissionais em alto grau de estresse.
Este é o Mundo V.U.C.A. onde as únicas certezas são: a Volatilidade, a Incerteza, a Complexidade e a Ambiguidade.
O Mundo V.U.C.A., o empresário e sua empresa
Se o cenário por si só já é perturbador, considere o momento atual do Brasil sofrendo com uma prolongada crise econômica, pautas importantes sendo postergadas no âmbito legislativo, insegurança jurídica, desemprego, falta de confiança dos investidores e consumidores. A lista é grande.
Evidente que esses empresários buscam respostas para perguntas críticas como por exemplo: Sou competitivo? Como melhoro minha lucratividade? Tenho as informações que preciso sobre meu mercado de atuação? Tenho controle dos riscos de minha operação?
No final das contas é tudo sobre estar preparado para o futuro, como garantir a perenidade e sustentabilidade e seus negócios no longo prazo, com retorno econômico que justifique o esforço e o investimento realizado ao longo dos anos.
Taxa de Mortalidade & Causa Mortis
O impacto nos negócios e nas empresas é cruel. E para mostrar de que forma isso se reflete na vida das empresas, vamos compartilhar algumas informações e pesquisas disponibilizadas pelo SEBRAE, SEBRAE-SP e IBGE. Vamos aos dados:
- Segundo o SEBRAE, a taxa de mortalidade de empresas com 2 (dois) anos de sua fundação foi de, pasmem, 42%;
- O cenário, conforme o IBGE, fica mais grave quando consideramos empresas com 5 (cinco) anos de sua fundação, onde a taxa de mortalidade foi de 60%.
Em outras palavras, isso significa dizer que 4 em cada 10 empresas fecharam suas portas ao final do segundo ano de vida. A coisa é pior ainda, quando olhamos um cenário de cinco anos da fundação, pois 6 em cada 10 empresas fecharam suas portas.
O SEBRAE fez uma “autópsia” e identificou as principais causa mortis daquelas empresas. Veja a seguir:
-
Planejamento:
- Empresas não tinham um plano de negócios (planejamento estratégico) para entender melhor do seu negócio, mercado etc.;
- Má negociação com fornecedores;
- Falta de gestão do Fluxo de Caixa.
-
Capacitação:
- Gestores não se capacitaram em de Gestão de Negócios;
- Funcionários não receberam treinamento (cursos técnicos).
-
Gestão:
- Gestores não faziam controle apropriado das despesas e receitas do negócio;
- Não se atualizavam sobre as novidades e tendências do seu mercado;
- Os produtos não apresentavam diferencial competitivo.
Procurando entender o que “poderia ser diferente”, o SEBRAE pesquisou junto aos empresários que fecharam suas portas o que faltou para a empresa dar certo. Vamos aos resultados:
- 52% Menos impostos;
- 28% Mais clientes;
- 21% Mais crédito;
- 18% Mais planejamento
Aprendizados & Conclusões
Ao colocarmos todos os itens em perspectiva (causa mortis e o que “poderia ser diferente”), identificamos que, à exceção dos impostos, o empresário pode e tem como atuar sobre os demais elementos. Desenvolver seus negócios a partir de uma abordagem onde Estratégia, Governança e Competitividade são protagonistas, implica em melhor planejamento e controle do negócio, alinhamento da empresa aos objetivos críticos, melhoria da produtividade, competitividade e diferenciação de suas operações. Como resultado temos crescimento com lucratividade, geração de caixa e capital para investimento, baixo turnover e clientes fidelizados. Também fazemos uma referência ao Capital Humano da empresa e a importância em capacitar seus gestores e colaboradores, para melhor condução dos negócios e operações de forma eficiente, responsável e sustentável.
Quando Estratégia, Governança e Competitividade são protagonistas, os resultados esperados são crescimento com lucratividade, geração de caixa e capital para investimento, baixo turnover e clientes fidelizados
Pensando em diferencial competitivo, a partir de pesquisa do SEBRAE-SP, podemos inferir que empresas vinculadas à alguma entidade de classe tem maior chance de sobrevivência. Isso ocorre pois elas contam com mais acesso às informações de mercado e legislação, treinamentos específicos e relevantes para o negócio, participam de grupos de trabalho com troca de experiências e aconselhamento, portanto se tornam mais preparadas tanto no contexto interno como no externo de sua atuação.
Gostaria de falar mais a respeito? Estamos à sua disposição.